Não Convide
Nunca, jamais, em hipótese alguma, em qualquer situação, convide um Vampiro a entrar na sua casa. Segundo a lenda, eles não podem entrar em nenhum lugar onde não foram chamados, principalmente Igrejas e outros templos religiosos. Uma vez convidado, porém, o Vampiro entrará sempre que quiser, sem qualquer resistência...
Alho
Espalhe réstias de alho pela casa. A aversão que os Vampiros têm pelo alho é conhecida no mundo inteiro. O forte sabor e cheiro do tempero agride os sentidos supersensíveis de um Vampiro, cuja refinação culinária também não pode tolerar a extrema popularidade da planta entre os humanos, muitas vezes utilizada pelas suas propriedades antibióticas. Em alguns lugares remotos da Europa Oriental, esta crença é tão arraigada que, se um forasteiro se recusar a comer alho, logo será tratado com desconfiança por toda a comunidade. Para muitos povos, as flores do alho têm os mesmos poderes do tempero.
Fé
Faça uso de Crucifixos, Hóstias, Água Benta e outros símbolos religiosos. Nunca é demais lembrar que este recurso só surte efeito quando a pessoa que empunha o amuleto é possuidora de fé verdadeira. Nesses casos, o objeto pode chegar a queimar o Vampiro! No Drácula de Bram Stoker, Van Helsing, célebre caçador de Vampiros, usa uma hóstia para lacrar o túmulo de um deles. Em outras culturas e religiões, o talismã pode variar, como o Anel de Calcedônia (um mineral com supostas propriedades mágicas) dos pagãos, a Estrela de Davi dos judeus e o Crescente dos muçulmanos. Há um filme em que um hippie afasta um Vampiro envergando sua mochila, pintada com o símbolo de ?Paz e Amor?... Uma comédia que ilustra perfeitamente o poder dos amuletos: quaisquer que sejam, servem apenas para canalizar o poder da Fé, seja ela qual for
Água Corrente
Use e abuse de Água Corrente. Segundo as mais variadas tradições, um Vampiro não pode cruzar qualquer filete de água que esteja escorrendo. Este conselho é pouco útil para proteger uma casa, mas pode ser de grande valia para escapar de uma perseguição. Na pior das hipóteses, tenha sempre à vista uma ponte sobre algum rio ou córrego... Para quem cruza com um Vampiro, atravessar uma ponte pode ser a grande chance de salvar uma vida!
Como Destruí-los?
A Estaca
A grande maioria dos caçadores de vampiros, senão todos, tem como arma principal uma tradicional estaca de madeira, que deve ser cravada no peito do Vampiro. Originalmente, era assim que camponeses eslavos assustados garantiam que os cadáveres desobedientes não iriam escapar de suas covas e sugar o sangue de pessoas indefesas! Nos casos suspeitos, os defuntos eram cravados no caixão com uma estaca de madeira nobre, como o Álamo. Por ter funcionado bem na época da epidemia, a estaca ganhou o enorme status que possui hoje.
O Fogo
Supervalorizado pelas tradições mais antigas, e superado pela Estaca na Idade Média, o fogo continua sendo uma das principais armas contra os Filhos das Trevas. Apesar de negligenciado no Drácula, de Bram Stoker, a Chama aparece nos mais diversificados rituais de limpeza e exorcismo das épocas posteriores, vide a Fogueira da Inquisição. Em Crônicas Vampirescas, de Anne Rice, o fogo é apresentado como uma das duas únicas maneiras de um Vampiro morrer. No universo da autora, o Vampiro que abraçou Lestat suicidou-se desta maneira, atirando-se a um incêndio.
O Sol
O segundo e último modo de extermínio apontado nas Crônicas Vampirescas de Anne Rice. Os Vampiros sempre foram as criaturas da noite mais conhecidas, e o sol sempre foi apontado como inimigo, mas nem sempre com a letalidade de Rice. Tradicionalmente, o sol pode apenas inibir um Vampiro. No universo de Bram Stoker, Van Helsing percebe que Drácula pode caminhar à luz do sol, mas seus poderes sobrenaturais quase desaparecem. As justificativas mais aceitas versam que os Vampiros de gerações mais antigas (como Vlad Dracula) são imunes (ou ficam apenas enfraquecidos) à luz do sol, enquanto os Vampiros mais novos e inexperientes podem ter a pele queimada ou mesmo serem reduzidos a pó pela exposição direta aos raios solares.
Ritual
Para além dos tipos mais simples de extermínio (a Estaca, o Fogo e o Sol), o signo do Ritual sempre envolve um conjunto de tarefas muito elaboradas, conduzidas por um sacerdote iniciado, e que se destinam, em última análise, a destruir todos os vestígios do Vampiro. O principal deles envolvia o decepamento da cabeça e esquartejamento do corpo, que teriam de ser incinerados em lugares diferentes, e as cinzas jogadas em água corrente... Outros rituais búlgaros mencionam clérigos que conseguiam atrair Vampiros para uma garrafa de sangue. A garrafa deveria ser arremessada numa fogueira ou numa caverna, o que obrigaria o Vampiro a voltar para as trevas. Qualquer que seja o Ritual, entretanto, o corpo do Vampiro sempre se deteriora rápido, porque, na verdade, ele está morto há muitos anos!
Decaptação
Muitas vezes o vampiro tinha que ser decaptado com uma pá de um coveiro, mas outros tipos de objetos cortantes também os destroem
Enterrar de Bruço
Se existe a suspeita de alguém está para se tornar vampiro, é possível impedir a mudança, enterrando o corpo com a cabeça virada para baixo.
Reconhecendo um Vampiro...
Gosto por Sangue
Sangue, Sangue e mais Sangue! – A marca principal do Vampiro é, sem dúvida, o seu desejo insaciável por sangue quente! Mesmo disfarçados, Vampiros sempre se perturbam quando alguém se corta e desperdiça algumas saborosas gotinhas do precioso líquido... Para facilitar o trabalho, a maioria dos Vampiros dispõe de caninos proeminentes, utilizados apenas quando necessários, de preferência em humanos. Mas não foram poucos os Vampiros na sarjeta que tiveram de se contentar com outros animais; alguns, encurralados na escuridão do esgoto, chegaram a encarar... ratos! Tudo pelo sangue! Está na Biblia: “A alma da carne está no sangue”. Levítico, XVII, 11.
Aspecto Mórbido
Vampiros são sempre pálidos, pois detestam a luz do sol, e são notívagos em sua essência, transitando pelo submundo entre as prostitutas, malandros, boêmios e outros seres da noite. Como são vaidosos, procuram ocultar a longevidade com muitos truques à base de sangue novo... Com isso, geralmente se mostram bonitos e sedutores, apesar de um certo tom funesto. Por não estarem mortos nem vivos, também apresentam-se frios ao toque, mas podem facilmente disfarçar esse detalhe com luvas e outros artifícios para aquecer o corpo. Finalmente, um detalhe decisivo: preste sempre atenção nas lágrimas, pois as de um Vampiro são feitas de sangue!
Caixões e Tumbas
Que outro lugar um morto poderia desejar para suas horas de descanso? Desde as épocas mais antigas os Vampiros estão associados aos recipientes funerários. Na Europa medieval, os casos da “epidemia” relataram exumações que apresentavam cadáveres num estado de conservação inacreditável! Os olhos abertos, o cabelo brilhante, o sangue ainda borbulhando no corpo e inundando o caixão, além das feridas no pescoço, é claro... Outro sinal típico é a presença quase obrigatória, no ambiente fúnebre, de um punhado da terra natal do Vampiro, para lhe ajudar a recuperar as energias após um dia cansativo de “trabalho”.
Capacidades Desenvolvidas
O corpo do Vampiro nem sempre reflete sua força física descomunal nem as outras capacidades secretas que lhes são atribuídas pelos mais diversos autores: visão, tato, paladar, audição e olfato super desenvolvidos; poder de se metamorfosear em névoa ou qualquer animal (principalmente os noturnos, como morcegos e lobos) e regenerar qualquer parte do corpo; e capacidades telepáticas e hipnóticas, que certamente tiveram papel fundamental na construção da imagem do galã sedutor de muitas novelas e filmes... As lendas dizem que o Vampiro utiliza seu olhar penetrante para congelar a vítima e invadir o seu subconsciente!
Estilo e Cultura
Vampiros são criaturas imortais (ou quase...). Por isso, “vivem” e adquirem experiências e conhecimentos por anos e anos, gerações e gerações de seres humanos. Isto faz com que se tornem admiradores inflexíveis do melhor que a civilização pode lhes dar, não se contentando com nada menos do que isso. Usam roupas de estilo refinado, discretas e elegantes. O uso excessivo de óculos escuros também é um sinal. Às vezes, a existência de um Vampiro pode ser denunciada pelo uso de um objeto muito antigo, que só um museu ou colecionador poderia ter acesso. É preciso lembrar, também, que as exceções a essas regras são muitas, sobretudo no Brasil...
Ausência de Reflexo
Na Idade Média, acreditava-se que o reflexo de uma pessoa em qualquer superfície espelhada era a imagem de sua alma. Como Vampiros não têm alma, não poderiam emitir ou refletir a luz, e nem produzir sombra. Pelo contrário, todos sempre afirmaram o estrago que a luz direta do sol pode fazer em um Vampiro desprevenido. Por isso, Vampiros não costumam aparecer em espelhos ou imagens fotográficas. Mas não se enganem: “aparecer” em uma fotografia é um truque relativamente simples para um Vampiro experiente, tanto como "fabricar" uma sombra, que quase sempre é distorcida... Quanto aos espelhos, tanto podem denunciá-los quanto protegê-los. Segundo algumas tradições, um Vampiro posicionado entre dois espelhos não pode ser exterminado, pois está protegido pelo Infinito... Portanto, cuidado com eles!